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mulher afroindígena pele clara, olhar para a câmera, cabelo enrolado e curto, argolas, blusa azul

Nasci em Campo Grande, na época em uma zona rural de um bairro do Rio de Janeiro de onde para ir à praia é preciso embarcar numa viagem de 2h30 em pelo menos dois ônibus. O Rio foi a terra que minha mãe nasceu e minha avó cresceu depois de ter vindo ainda criança de Recife com sua mãe (também pernambucana, de Aliança) à procura de melhores condições. Esta procura adentrou a família e nos fez nômades com raízes longas e flexíveis.
Talvez pelo meu pai e meu avô materno terem nascido na região Sul, no início da adolescência nos mudamos para o Paraná. Comecei a estudar teatro com Os Satyros em 1999 na cidade de Curitiba, aos 13 anos, me profissionalizando em 2005 após um ano de criação intensa no ACT (Ateliê de Criação Teatral, coordenado por Luís Melo e Nena Inoue). Após este período como atriz onde também testei aptidões de dramaturgia, volto ao Rio para iniciar minha carreira na área de produção cultural como estagiária do grupo circense Teatro de Anônimo. Viajo então para o país que deu início ao violento processo de colonização de nosso território: Portugal, onde vivi 6 anos e me licenciei em Artes e Culturas Comparadas (atualmente Estudos Comparatistas) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Lá publiquei uma crítica teatral, um ensaio sobre música, cultura e identidade, um livro de contos pela editora cartonera moçambicana Kutsemba Cartão, organizei a edição comemorativa de 10 anos da Piaggio Associação Cultural e fundei a 1ª editora cartonera do país: a Bela Cartonera. De volta ao Brasil, continuei publicando textos de ficção, opinião, ensaios e matérias e segui também como produtora cultural, até começar a migrar para a gestão e me especializar na escrita de projetos culturais anticoloniais, nos quais muitas vezes atuo como coordenadora.
2021 foi o ano em que assinei meu primeiro trabalho como roteirista (Nebulosa Websérie, de Giovani Cidreira), logo após publicar a crônica Jogo de Dentro na coletânea Carolinas - A Nova Geração de Escritoras Negras Brasileiras. Atualmente trabalho para o Museu Afro Brasil como Analista de Projetos e Desenvolvimento Institucional.

foto: @midianinja

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