Em 2019 iniciei a pesquisa mais aprofundada em temas já há muito vividos e estudados em Lisboa durante minha licenciatura em Artes e Culturas Comparadas (curso recentemente  renomeado para Estudos Comparatistas)  sob a forma de episódios contínuos de racismo e xenofobia e de aprendizados acadêmicos em cadeiras como Literatura Pós-Colonial Comparada, Comunicação Intercultural, Gestão Cultural e Estudos de Gênero.

Foi natural a junção destas vivências e pesquisas num caminho que me levasse à escrita do projeto cultural, pois minha prática literária diversa e heterogênea foi aos poucos se juntando à minha prática profissional mais longeva: o campo da produção e gestão cultural.

Rapidamente percebi que os projetos que escrevia e que iriam tomando corpo no mundo, vivendo, convivendo, transformando, teriam que condizer com minhas premissas de vida. Foi então que entendi que o sentido de minha lida profissional e o sentido de minha intervenção no mundo deveriam andar lado a lado e, se possível, se amalgamarem, ganhando por isso mais força e urgência a cada passo.

Esse entendimento vem se desdobrando na escrita de ficção e opinião, no desenho de projetos culturais e na pesquisa curatorial anticolonial.